Osteoartrite
O que é Artrose?
Artrose (osteoartrite, osteoartrose, artrite) é o termo utilizado para definir o estado de degeneração/degradação de uma articulação – em especial da cartilagem, em consequência do desgaste gerado por um ambiente articular e corporal predisposto, alterações biológicas inflamatórias e estresse mecânico.
Existem alterações de todos os componentes da articulação, como cartilagem, osso subcondral, ligamentos, meniscos, membrana e líquido sinovial, além de músculos e tendões que estão ao redor.
O joelho é a articulação mais comumente afetada – 40%, com o quadril sendo responsável por cerca de 20%.
Quais os sintomas da artrose do joelho?
Dor em qualquer região do joelho é o principal sintoma, muitas vezes irradiada para a perna. Pode ser pior ao acordar, melhorando após “aquecer” e voltando a piorar no fim do dia ou após atividades.
Nos momentos de maior dor ou após atividades pode ocorrer inchaço e calor na articulação.
Costuma haver crepitação aos movimentos (sensação de como se houvesse areia dentro da junta, “arranhando” e fazendo barulho).
Com o avançar da doença, ficam evidentes as deformidades (“pernas entortam”) e a instabilidade (joelhos ficam “frouxos”).
Sua incidência é crescente, graças à maior expectativa de vida, hábitos menos saudáveis e maior demanda funcional.
Estes fatores aumentam também a exigência por tratamentos mais eficientes, com maior durabilidade e menor agressividade.
Quais os fatores de risco?
Diversos fatores são associados à artrose:
- ligados ao indivíduo e seus hábitos (mulheres, maior faixa etária, história familiar, obesidade e Síndrome Metabólica, déficits nutricionais, comorbidades);
- ligados à articulação mais diretamente (deformidades, trauma prévio ou repetitivo, instabilidades e fraqueza muscular).
Como tratar?
O objetivo primário do tratamento é o controle da dor e normalização da função articular, trazendo de volta ao paciente a qualidade de vida plena.
Aspecto fundamental é fazer com que o paciente compreenda a doença.
Desta forma, ele pode realmente fazer parte do tratamento e auxiliar a equipe interdisciplinar de saúde.
São diversas as opções terapêuticas:
- Sem cirurgia: funcionam muito bem nas fases iniciais da doença ou para pacientes que não podem ou não querem ser operados (destaca-se a fisioterapia associada à viscossuplementação ou aos enxertos biológicos) – capazes de manter a qualidade de vida por anos na maioria das vezes;
- Cirurgias preservadoras: são usadas para tratar fatores que predispõem ou aceleram o desgaste, retardando o desenvolvimento da artrose. A artroscopia nos casos de lesões condrais e a osteotomia são exemplos.
- Próteses minimamente invasivas: para os casos mais graves. Bons resultados quando a indicação é criteriosa.
Cuidado
O diagnóstico correto é essencial para o início precoce do tratamento, muitas outras doenças confundem-se com a artrose do joelho.
O atraso no diagnóstico pode reduzir muito a chance de sucesso.
A indicação de uma cirurgia somente deve ocorrer após a tentativa de outros métodos menos invasivos.
Se necessária a colocação de uma prótese, a escolha do cirurgião é o fator determinante mais relevante para a durabilidade e redução dos riscos da cirurgia.