As altas taxas de sucesso e satisfação dos pacientes com a cirurgia de prótese (artroplastia) do quadril crescem constantemente.. Além de ser uma cirurgia segura, que apresenta ótima relação de risco x benefício, é a solução para problemas que vão além das dores, em pessoas de qualquer faixa etária. Entretanto, há pacientes que recebem a indicação para a artroplastia do quadril e são orientados a adiá-la por serem jovens.
Mas será que é realmente necessário conviver com as dores e postergar a cirurgia?
Para pacientes na faixa de 50-60 anos, a principal causa de indicação da prótese do quadril é a artrose secundária ao impacto femoroacetabular.
Baseado nos dados já conhecidos, estes pacientes apresentam uma chance muito grande de conviverem com sua prótese de quadril para o resto de suas vidas, não sendo necessário trocá-las nunca.
Pacientes entre 30 e 40 anos têm como frequentes causas de artroplastia a osteonecrose e artrites inflamatórias. Nesses casos, por escassez de dados na literatura, ainda não podemos afirmar que a prótese durará a vida inteira.
Comumente, artroplastias em pacientes abaixo dos 30 anos são indicadas após sequelas de problemas do quadril na infância e pré-adolescência, como:
Tais pacientes, extremamente jovens, com quadro clínico da artrose sem alívio por meio de tratamentos não cirúrgicos e indicação à artroplastia, devem considerar todas as vantagens desta cirurgia.
Pessoas desse grupo etário estão no auge de sua vida produtiva; sentir dores constantes trará perdas sociais, prejuízos profissionais e de progressão da carreira, além de outros transtornos.
Por mais que haja maior preocupação quanto à durabilidade da prótese, conviver com os desconfortos e dores por anos não deve ser a única opção.
De maneira geral, todos os grupos etários apresentam escores funcionais satisfatórios, mas os jovens são capazes de executar funções mais exigentes, como a prática esportiva mais intensa, por exemplo.
Atualmente, a tecnologia incorporada aos procedimentos cirúrgicos e às próteses já comprovaram durabilidade de décadas, mesmo considerando que pacientes jovens terão maior utilização da prótese ao longo da vida.
Outro fator para se ponderar são os problemas que podem se desenvolver enquanto o paciente retarda sua cirurgia.
A artrose do quadril predispõe a outras artroses secundárias (coluna lombar, quadril contralateral e joelhos, por exemplo). Além disso, predispõe a tendinites e problemas musculares de difícil resolução, assim como ao desenvolvimento de dor crônica, podendo levar a transtornos do sono e depressão, inclusive.
Pessoas com limitações para se exercitar, devido às dores e restrição de movimento, reduzirão sua agilidade, resistência muscular e capacidade cardiorrespiratória.
Outra vantagem é a avaliação de riscos. Pacientes jovens, em sua maioria, não apresentam patologias agravantes, o que torna o procedimento cirúrgico ainda mais seguro e com menores riscos de complicações.
Para diagnosticar a osteonecrose, uma variedade de exames e testes são geralmente realizados. Isso inclui:
É fundamental procurar um médico se você suspeitar de osteonecrose, pois um diagnóstico preciso é essencial para o tratamento adequado.
O tratamento da osteonecrose cabeça femoral visa aliviar a dor, melhorar a função da articulação e retardar ou impedir a progressão da doença. As opções de tratamento variam dependendo da causa subjacente, da localização da osteonecrose e do estágio da doença. Algumas abordagens utilizadas incluem:
– Medicamentos orais: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e a inflamação
– Modificadores da doença: classes específicas de alguns medicamentos, como os utilizados contra a osteoporose, anticoagulantes ou colesterol podem ser utilizados para evitar a progressão da doença.
– Terapia adjuvantes: Podem ajudar a melhorar a função da articulação e reduzir a rigidez e, até mesmo retardar o avanço da doença: Terapias técnicas, ondas de choque, câmera hiperbárica e outros.
– Injetáveis: Agem mais diretamente no ambiente da articulação com os mesmos objetivos citados, porém, de forma mais específica e sem efeitos colaterais: analgésicos e anti-inflamatórios, fitoterápicos, ácido hialurônico, proloterapia e enxertos biológicos
– Tratamentos cirúrgicos: Em estágios avançados, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas, como a substituição da articulação afetada.
O tratamento precoce geralmente leva a melhores resultados, portanto, a detecção e o diagnóstico rápidos são cruciais.
Em resumo, a osteonecrose da cabeça femoral é uma condição óssea séria e que com frequência, acaba com a qualidade de vida de uma pessoa. Não podemos esquecer que essa condição é um “infarto ósseo”. Por isso, compreender suas causas, sintomas, exames e opções de tratamento é fundamental para enfrentar essa doença de maneira eficaz.
Se você suspeitar de osteonecrose, consulte um especialista com experiência na área para receber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. Não deixe que a osteonecrose limite sua qualidade de vida; busque ajuda e orientação médica técnica.
Osteonecrose tem solução!
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