Muito provavelmente, sim!
Mas nunca se esqueça de que cada caso deve ser avaliado individualmente.
Dentre as principais causas para um paciente mancar, estão as seguintes:
- Dor – faz o paciente não conseguir apoiar o pé no solo e encurtar a passada;
- Deficiência muscular (especialmente dos músculos abdutores e estabilizadores do quadril) – impossibilita a sustentação da bacia durante o passo;
- Diferença de comprimento das pernas (dismetria) – gerada por problemas prévios (sequelas de displasia, Legg-Calve-Perthes, epifisiólise, fraturas) ou pela própria artrose ou necrose;
- Insegurança por receio inconsciente – mesmo em momentos sem dor, o cérebro tenta nos poupar do desconforto da pisada;
- Déficit de mobilidade – a rigidez trazida ao quadril pelo problema altera a mecânica dos passos, impedindo um caminhar natural (paciente tem a sensação de “estar travado”);
- Problemas secundários em outras regiões do corpo – o acometimento da coluna lombar, dos joelhos ou tornozelos, quadril do outro lado e outros podem fazer o paciente mancar;
- Atitude viciosa – se o paciente mancar por um período mais longo, pode-se tornar um hábito.
Ou seja, a maior parte das causas tem solução imediata no momento da cirurgia de prótese do quadril.
As demais, costumam ter completa resolução ao longo do processo de reabilitação bem feita.
Agora, se você não manca antes da cirurgia, a chance é muito próxima de zero de você passar a mancar após a ATQ, desde que a cirurgia tenha sido cuidadosamente executada e você siga todo o protocolo de reabilitação à risca, acompanhado por um fisioterapeuta competente e experiente.
Por tudo isso, o tempo que se espera até a cirurgia e a técnica cirúrgica escolhida têm influência direta no resultado.
O Acesso Anterior Eficiente preserva toda a musculatura, facilita a checagem do comprimento das pernas, acelera a recuperação e reduz a inibição neuromuscular, além de permitir maior mobilidade precoce, contribuindo em praticamente todos os aspectos para a redução do risco de claudicação (mancar).
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